sábado, 2 de outubro de 2010

DCE em luta realiza em Guarulhos importante debate acerca da conjuntura eleitoral na perspectiva das forças proletárias

Qual o papel da esquerda no processo eleitoral burguês ?


Esse foi o tema debatido no dia 30/09/2010 na Unifesp-Guarulhos por diversas forças contra-hegemônicas.
Participaram do debate (na sequência da esquerda para a a direita) Magrão - Liga Operária, Fausto Arruda - A Nova Democracia, Igor Grabois - PCB, Carlos Renato - PSOL e João Zafalão- PSTU.

O tema do debate se pautou no papel da esquerda socialista e revolucionária diante do processo eleitoral burguês. Quais são as suas perspectivas e avaliações da atual conjuntura e o problema da unidade classista

Em geral, chegou-se a um consenso, a saber, de que o processo eleitoral atual, na maneira como ele funciona, é um jogo de cartas marcadas, caracterizado pela mercantilização da política, no marketing eleitoral e no isolamento das candidaturas e partidos políticos que não se aproximem dessa lógica do financiamento das campanhas por empresas privadas, isto é, pelos capitalistas.

Nesse sentido, os companheiros do PSOL e PSTU, além do PCB, consideram importante participar desse processo devido à amplitude que a agitação e propaganda de esquerda pode atingir, maior do que em outros períodos, entretanto, não há ilusões eleitoreiras nessa participação.

Já os companheiros da Liga operária e do jornal A Nova Democracia, apesar de compartilharem da avaliação acerca das eleições, não chegam à mesma conclusão, para eles, não há viabilidade em participar.

Foi muito importante a avaliação de que as forças de esquerda, contra-hegemônicas que se opõem ao regime do Capital, só terão sucesso em sua estratégia e tática se atingirem a unidade. O PCB, dentro desse contexto, trouxe à tona a proposta da frente anticapitalista e anti-imperialista, que foi muito bem aceita pelos companheiros, com destaque para o PSTU.

Conclui-se da mesma maneira que, tanto a candidatura do PT, quanto do PSDB e do PV, foram identificados como alternativas gerenciais do Capital, logo, inviáveis numa perspectiva estratégica socialista.
Já num contexto tático, isto é, no segundo turno, tanto PCB, quanto PSTU, declararam que, na ausência de uma alternativa classista, a tendência é anular o voto. Já o PSOL, não deu certeza da posição que o partido irá adotar, enquanto que a Liga Operária e o Jornal a Nova Democracia, estrategicamente anularão os votos, tanto no primeiro, quanto no segundo turno.

Foram convidados o Movimento negação da negação, o partido da causa operária e o partido dos trabalhadores, que por seus motivos não puderam estar presentes.

O DCE em luta permanecerá atuando como parte atuante do movimento estudantil, buscando maior combatividade e a construção dialética da unidade programática dos movimentos social, estudantil, sindical, popular, socialista, comunista e revolucionário. Em defesa da juventude proletária e da Universidade Popular.

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