segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Artigo do partido da causa operária

Resposta ao ataque da reitoria 
Entidades dos Barracões na USP respondem boletim do reitor-interventor Rodas
Neste mês foi publicado um Boletim editado pelo conjunto de entidades situadas nos Barracões em resposta ao “reformulando a barracolância” publicado no boletim USP destaques, editado pela Assessoria de Imprensa da Reitoria controlado pelo Rodas

27 de dezembro de 2010
O interventor indicado por Serra na USP, João Grandino Rodas, sem disfarce coloca em marcha sua política fascistóide na cidade universitária.
Em boletim distribuído regularmente a reitoria anunciou a demolição de 19 barracões que foram planejados como provisórios mas hoje tem quase 50 anos de existência. O ‘USP destaque’ afirma que são locais “atentam contra a saúde dos indivíduos” e que “novos projetos, novas construções e a convicção de que muitas realizações podem e devem ser feitas na Cidade Universitária”.
Para isso passa o rolo compressor nas atividades existentes no local. Não há sequer o conhecimento pela comunidade universitária do que será construído no local. Serão cedidos locais para empresas e bancos? Como Rodas fez na faculdade do Largo São Francisco enquanto era diretor?
No mesmo momento em que anuncia o fim dos barracões, Rodas extingue também a Comissão Permanente de Políticas Públicas para a População Negra.
Combinado com a perseguição aos moradores do CRUSP, a negligência na morte de um estudante negro morador do CRUSP dentro da cidade universitária, este ataque demonstra a política adotada por Rodas e toda a direita nacional. Ele quer acabar com qualquer direito, liberdade de expressão e até mesmo de estudar dos pobres e negros.
Rodas, vale lembrar, é cria de Celso Lafer e Miguel Reale, fundador do integralismo no Brasil em 1932.
São 18 entidades que ocupam os Barracões e serão despejados sem nenhum local para ir. São eles: Núcleo de Consciência Negra, Centro Acadêmicos de Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia e Faculdade de Economia e Administração, USP oficina, Departamento de Terapia Ocupacional - Faculdade de Medicina, Grêmios da Poli e ECA, Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares- PRCEU, CEDIR, Programas PURE e PURA, Escola do Futuro, Núcleo da Violência, Laboratório de Sustentabilidade - LASSU, ComerAtivaMente, Instituto de Psicologia entre outros.
É preciso barrar este ataque a toda a comunidade acadêmica que é parte de toda a política de João Grandino Rodas para colocar a USP nas mãos dos capitalistas com a cobrança de mensalidades e o fim dos cursos que a iniciativa privada não tem interesse.

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